Tal como noutras repúblicas da antiga Jugoslávia, a situação na Antiga Répública Jugoslava da Macedónia é instável e constitui um factor de desestabilização para a toda a região. Desde logo, permanece a negociação com a Grécia em torno da designação do país, num processo rodeado de uma retórica nacionalista que em vez de aproximar os povos, os afasta.
Esta proposta vem mais uma vez no sentido de acelerar a data para o início das negociações de adesão, o que é desrespeitador da soberania dos povos de ambos os países e só vem contribuir para exacerbar divisões e clivagens existentes.
A adesão à UE é um processo de decisão soberana de cada povo, assim como o é o direito ao desenvolvimento económico e social. Deve competir a cada povo a livre decisão, sem qualquer ingerência externa, baseada nnum debate livre e aprofundado com base na realidade e não nos mitos nunca confirmados em torno da adesão à UE. O povo deve decidir com base no conhecimento verdadeiro do significado dos critérios exigidos pela UE para que um país se torne seu membro, nomeadamente o critério da existência de uma economia de mercado. É inaceitável que interesse da adesão da ARJM à NATO, processo esse inseparável da militarização da UE e do alargamento das suas zonas de influência na região estratégica dos Balcãs, se sobreponha aos interesses e direitos do povo.
Daí o voto contra.