Sabemos como a violência contra as mulheres e as crianças continua a marcar dolorosamente a vida diária das nossas sociedades. Daí a importância de tomar medidas para alterar a situação. Infelizmente, as verbas diminutas do programa Daphne I apenas permitiram que 13% dos projectos apresentados fossem aceites, o que frustrou as expectativas das organizações empenhadas na luta contra a violência. Daí que acompanhe a proposta que a Relatora apresenta de reforço de verbas para 65 milhões de euros nesta segunda fase do programa de 5 anos (2004-2008). E lamento que a Comissão o não apoie.
Mas não basta este programa, mesmo com reforço de verbas, para combater a violência. É necessário dar prioridade às políticas de integração social, investir na educação para a igualdade, reforçar os meios, os equipamentos e a legislação que defenda e promova a integração social das vítimas, que desaloje os agressores, que contribua para criar uma nova mentalidade no respeito da dignidade das mulheres e das crianças.