Temos uma oposição frontal a esta proposta de directiva que pretende liberalizar os serviços. Não podemos esquecer que este é um dos instrumentos mais importantes da chamada Estratégia de Lisboa, o seu núcleo central, para intensificar a liberalização e privatização de serviços públicos, contribuir para o dumping social e a concorrência entre trabalhadores, em benefício apenas dos grupos económicos e financeiros.
A pressão da opinião pública, as movimentações sociais e as lutas dos trabalhadores, incluindo a manifestação de hoje, estão a obrigar a alguns retoques na sua formulação inicial.
Mas o objectivo essencial mantém-se. Por isso, a sua rejeição é fundamental para evitar que salte pela janela o que se impediu de entrar pela porta.
A segurança jurídica e a defesa dos direitos sociais, laborais, ambientais e dos consumidores exigem a sua rejeição. E é dessa forma que iremos votar.