Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Relatório García-Margallo y Marfil sobre a situação económica europeia: relatório<br />Declaração de Voto de Ilda Figueiredo

Mais um relatório sobre a situação económica. Mais uma reafirmação das falácias. Mais do mesmo nas soluções apresentadas, seguindo a Estratégia de Lisboa. A situação económica e social, essa é que continua precária, com as desigualdades a aumentarem, e em níveis inaceitáveis a pobreza e o desemprego, enquanto o crescimento económico permanece lento e frágil. Assiste-se ao predomínio do financeiro sobre a economia real, reafirma-se a necessidade de garantir a confiança, através de uma aplicação estrita da política monetária por parte do BCE e do Pacto de Estabilidade, enquanto se afirma a necessidade de reduzir os impostos para as empresas. São posições do mais puro liberalismo, que só podemos rejeitar. Em nome da globalização, põe-se em causa os direitos dos trabalhadores e a segurança social, impondo-se mais flexibilização dos mercados de trabalho (com o novo conceito mágico de "flexigurança", de que o CPE em França é um primeiro exemplo) e justifica-se o aumento da idade de reforma efectiva e oficial. Insiste-se na liberalização da energia. Apela-se à liberalização dos serviços, contribuindo para a desregulamentação laboral e o dumpingo social e ambiental. É um regabofe para os grupos económicos e financeiros. Os problemas são para os mesmos de sempre: os trabalhadores, as populações mais carenciadas. Daí o voto contra.

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