Relatório do Senado Norte-Americano sobre a utilização de tortura pela CIA

Este Relatório apenas demonstra aquilo que já se sabia – que os EUA são uma potência imperialista que se considera acima de qualquer obrigação legal, que desrespeita o direito internacional e que, ironicamente, vem ocupando continuadamente vários países soberanos em nome da defesa dos direitos humanos. As práticas de tortura reveladas neste relatório são brutais mas não eram, evidentemente, desconhecidas do governo dos EUA, uma vez que foi o próprio Presidente Bush que aprovou o "Programa de Detenção e Interrogatório da CIA" com as "técnicas reforçadas de interrogatório". O Presidente Obama, apesar de todas as lamentações que agora proferiu, não encerrou a ilegal prisão de Guantanamo e nomeou como Director da CIA um dos mais acérrimos defensores da tortura na época de Bush, John Brennan, o que revela não um corte mas uma continuidade na acção da CIA. São vários os países europeus, incluindo Portugal, que foram cúmplices com estes actos bárbaros, por via dos sequestros, detenções e transporte ilegal destes prisioneiros que foram torturados. O que se exige é que se faça Justiça e que, no âmbito nacional, bem como ao nível das Nações Unidas, sejam condenados os responsáveis e compensadas as vítimas.

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