Como todos sabemos, a criação da Bósnia-Herzegovina resultou do criminoso ataque da aviação da NATO à República da Jugoslávia, provocando milhares de vítimas e arrasando a estrutura económica da Jugoslávia.

Decorridos 14 anos, a Bósnia-Herzegovina ainda é um protectorado da NATO como demonstram as declarações feitas pelo representante da ONU para a Bósnia-Herzegovina, em 14 de Maio, que declarava " a União Europeia e as missões militares da NATO no país continuam a assegurar aos cidadãos que o país esteja seguro, apesar da “difícil” situação política". Igualmente tem tarefa de garantir que todos os lados continuem a cumprir o "Acordo de Paz" de Dayton.

Decorridos 14 anos, a governação da Bósnia-Herzegovina continua a exigir uma presença internacional; é reforçada a presença da UE em matéria de Estado de direito; é renovado o mandato da Força de Estabilização Multinacional da União Europeia /EUFOR Althea), missão votada por este Parlamento em Novembro de 2004.

Perante isto, confirma-se que estamos perante a criação artificial de um "pseudo-estado" sob "soberania vigiada". Processo que foi tudo menos soberano e não correspondeu aos interesses dos povos envolvidos.

Por outro lado, a Resolução confirma que a Bósnia-Herzegovina continua muito longe das imensas conquistas sociais que os povos da Jugoslávia conquistaram.