O relator refere e nós estamos de acordo, que "a produção de matérias primas renováveis e a utilização de resíduos orgânicos podem contribuir para a melhoria do ambiente, a produção sustentável de energia, a criação de emprego e o equilíbrio regional, bem como para uma maior diversificação e autonomia da agricultura multifuncional".
No entanto, julgamos necessário chamar a atenção para as capacidades existentes no que respeita a alternativas energéticas e a relação existente entre energia, ambiente e agricultura - para benefício último dos cidadãos e da sua qualidade de vida, assim como para os sectores económicos envolvidos - no quadro do desenvolvimento sustentável.
Consideramos, no entanto, que se devia encontrar um equilíbrio adequado entre culturas alimentares e culturas energéticas para garantir que a soberania e segurança alimentares não sejam postas em risco.
A produção de culturas para fins não alimentares não está protegida pela PAC, dado que a ajuda é de menos de 80 euros por hectare e por ano e o relator pede para que sejam criadas as condições para eliminar a ajuda pública. Esta medida deixaria estas produções dependentes da indústria energética e das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Por tudo isto a minha abstenção.