Esta resolução não é muito diferente de outras sobre países candidatos à adesão. Todas elas têm uma matriz comum: transbordam de ingerência e imposição do modelo político, económico e social que corresponde aos interesses das grandes potências e dos monopólios da UE. A implementação do acervo comunitário é o cavalo de Tróia da UE, que exige a sua implementação integral por estes países. A sua aplicação conduziu (e conduz de forma cada vez mais acelerada) à destruição de parte muito significativa dos sectores produtivos nacionais dos países que aderiram à UE, abrindo caminho ao domínio dos monopólios das grandes potências. Obrigou à privatização ou desmantelamento de serviços públicos fundamentais, ou à destruição de milhares de pequenas e médias empresas e milhares de pequenos e médios agricultores e à destruição de milhões de postos de trabalho.
Nesta resolução pouco, ou nada, é referido relativamente aos impactos e consequências sócio-económicas da aplicação do acervo comunitário e das medidas necessárias para lhe fazer face.
Pese embora toda a crítica, esperamos que seja respeitado o direito à autodeterminação dos povos, sendo permitido ao povo albanês decidir - livre de qualquer ingerência ou pressão externa - se deseja ou não aderir à UE.