Pensamos ser fundamental desenvolver medidas que contribuam para a redução de resíduos urbanos e industriais, bem como para a sua reciclagem e reutilização, com soluções racionais e integradas, nomeadamente quanto às embalagens, e incentivando a utilização de materiais biodegradáveis.
Mas a definição e implementação de tais medidas deverá ter em conta a realidade e os interesses de cada país, pelo que não se compreenderá que se faça uma tradução de forma avulsa, a nível nacional, de normas da UE, quando estas não tenham em conta as diferentes realidades existentes. Pelo que, acompanhando preocupações expressas neste relatório, nomeadamente a nível do desenvolvimento de medidas incidindo na prevenção, não posso deixar de me questionar sobre a viabilidade dos prazos e metas propostos quanto à reciclagem de produtos.
Reafirmando que a eficácia de uma política de ambiente depende da vontade e do empenhamento das instituições a nível nacional, a quem compete o seu delineamento e mobilização de recursos, da responsabilização directa da indústria quanto à redução de resíduos de embalagens, mas também do papel que cabe à participação das populações na protecção e valorização ambiental, o que exige um esforço contínuo na educação, sensibilização e mobilização face aos problemas existentes e aos caminhos para os ultrapassar.