Antecedendo a prevista adesão à União Europeia de dez países do Leste da Europa e do Mediterrâneo, a 1 de Maio próximo, a Comissão e o Parlamento Europeu, mais um vez, apresentam a sua longa lista de exigências a estes países.
Embora mais comedida que em anos anteriores, esta não deixa de reafirmar toda a lógica desigual que caracterizou o processo de negociação, ou sejam as imposições da União Europeia aos países que solicitaram a adesão.
Do relatório, saliente-se a enésima pressão para a aprovação do perigoso projecto da dita "constituição europeia", antes de 1 de Maio próximo. Ou para que o acervo comunitário seja integralmente implementado por estes países, sempre com a obsessão do respeito das regras do "mercado interno" capitalista e acenando com a aplicação das "clausulas de salvaguarda", instrumento de chantagem e de pressão sobre estes países.
Sobre as inaceitáveis restrições à liberdade de circulação impostas a estes países, limita-se ao apelo a que se suprimam o mais rapidamente possível.
Sobre as consequências das políticas neoliberais, apenas o reconhecimento do "importante aumento do desemprego, da desigualdade e da exclusão social".
Sobre uma avaliação séria dos impactos e consequências sócio-económicas do alargamento e das medidas necessárias para lhes fazer face, nem uma palavra.