Embora o relatório siga a mesma linha de relatórios anteriores, há neste momento uma situação nova que são as condições discriminatórias e inaceitáveis para os países candidatos que o Conselho Extraordinário de Bruxelas tomou em 25 de Outubro, na sequência do acordo germano-francês. Assim, não só não aumentaram os recursos financeiros previstos na Agenda 2000 para apenas seis países candidatos, apesar de aceitarem a adesão de dez, como ainda diminuíram a proposta da Comissão de 25 mil milhões de euros para apenas 23 mil milhões na política estrutural, com a agravante de na PAC pretenderem dividir por 25 membros o que agora é para 15, sem alterar sequer as injustiças actuais na sua repartição, prevendo para o primeiro ano apenas 25% das ajudas directas, excluindo os pequenos agricultores, o que rejeitamos.
As propostas do Conselho não responderam às expectativas criadas e podem mesmo afastar cada vez mais populações do projecto da União Europeia. Mas só no próximo ano é que se realizarão os referendos nos países candidatos. Só então se conhecerá efectivamente a vontade e o desejo dos povos.
Continuaremos a lutar pela efectiva coesão económica e social que as actuais condições de adesão não garantem, contra as propostas discriminatórias e pelos direitos e interesses de Portugal, os quais podem ser seriamente afectados se não forem revistas as propostas actuais.