Dizemos NÃO às propostas da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu sobre as Perspectivas Financeiras 2007-2013, porque traduzem politicamente e financeiramente os objectivos consagrados na denominada "constituição Europeia", como o primado da concorrência, o reforço da "Europa fortaleza" ou a militarização da UE. E porque são profundamente inadequadas em termos financeiros para promover uma efectiva "coesão social e económica", respondendo aos desafios sociais, económicos e ambientais de uma UE alargada.
Dizemos NÃO porque rejeitamos qualquer tentativa no sentido de que sejam, uma vez mais, os países economicamente mais desenvolvidos - ou seja, os seus grandes grupos económico-financeiros -, que mais retiram vantagens políticas e económicas da União Europeia, a afirmarem os seus interesses à custa dos interesses de Portugal e do povo português.
Dizemos NÃO porque o que se impõe é a firme ruptura com as politicas neoliberais da UE e, a partir da cooperação entre Estados iguais e soberanos, promover o desenvolvimento económico sustentado, o emprego e o combate aos persistentes altos níveis de desemprego, pobreza, exclusão social e de desigualdades de rendimento.
Por isso rejeitámos o Relatório Böge e subscrevemos a resolução alternativa do nosso Grupo sobre as Perspectivas Financeiras para 2007-2013, que integra propostas que defendem os interesses de Portugal.