A dimensão urbana deverá estar presente numa política de desenvolvimento regional.
A existência de pequenas e médias cidades em regiões interiores, periféricas e rurais é um elemento potenciador do desenvolvimento dessas regiões e contribui para combater as disparidades inter-regionais e os efeitos de aglomeração que os grandes centros urbanos exercem no interior de cada país.
Sendo as cidades potenciadoras de desenvolvimento, concentram também elas - devido às políticas económicas, sociais e de ordenamento do território actualmente seguidas -, problemas complexos que vão desde o congestionamento às necessidades de habitação, da poluição até à exclusão social.
Uma politica de renovação e reabilitação urbana é assim fundamental. Neste campo, a política de coesão podia contribuir com uma iniciativa comunitária, como a exemplo do conceito do "URBAN", com meios financeiros adequados. Podendo, por exemplo, avaliar-se um possível apoio complementar comunitário ao nível da construção de habitação social.
Infelizmente, não é esse o caso. Tornar a dimensão urbana transversal num contexto de contenção orçamental pode por objectivos em concorrência, podendo colocar em causa o apoio às regiões mais desfavorecidas.
Apesar desta consideração e de rejeitarmos a colocação do "papel das cidades" ou da dita "dimensão urbana" ao serviço da agenda neoliberal de Lisboa, apoiamos, em termos gerais, o relatório.