Existe uma vasta bibliografia sobre os serviços secretos norte-americanos e a sua história. Avultam os livros escritos por ex-operacionais, quase sempre visando ajustes de contas pessoais ou simplesmente proventos financeiros, tal como se multiplicam as obras promovidas de uma forma ou de outra pelas próprias agências e nas quais se exaltam com manifesta falta de rigor duvidosos heroísmos e ainda mais duvidosas eficácias.
No seu conjunto, a designada «comunidade de informações» dos EUA dispõe (segundo se supõe, dado que os números exactos são desconhecidos) de tanto dinheiro quanto o conjunto de todos os seus congéneres de todos os restantes países do mundo - mas não falta nos EUA quem defenda e demonstre que se trata do mais gigantesco desperdício de fundos da Administração de Washington.
Surge agora a informação de que o inquérito sobre os atentados de 11 de Setembro, um fiasco só semelhante a Pearl Harbor, contém dados explosivos. A pergunta que surge a muitos observadores é se a publicação final incluirá as delicadas revelações sobre o envolvimento das agências em todo o processo que conduziu a Administração Bush ao poder e que muitos não hesitam em qualificar como um puro golpe de Estado da extrema-direita norte-americana.