Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Relatório sobre as relações UE-China

Distanciam-nos imensos aspectos deste relatório. Desde logo pela ingerência aberta nos assuntos internos da China, que ao longo do texto vai assumindo aspectos inaceitáveis de desrespeito perante um país independente e soberano, o seu povo e os caminhos que escolhe para si. A maioria do PE exige que a China se junte ao coro de ingerência e de desrespeito pela Carta da ONU e o direito internacional que marca a acção dos EUA, das principais potências da UE e da NATO, revendo a sua política de "não interferência nos assuntos internos dos países". As forças políticas que dominam as decisões do PE não aceitam que um membro do Conselho de Segurança da ONU, a China - e igualmente a Rússia -, bloqueie a ambicionada agressão contra a Síria pelas potências da NATO e/ou pelos seus aliados. E vai mais longe, apontando o dedo à China pelas suas despesas militares, ao mesmo tempo que minimiza a ameaça militar real desenvolvida pelos EUA no seu cerco à China, bem como as tensões crescentes com um Japão imerso numa profunda crise económica. O posicionamento expresso por este relatório e os interesses geoestratégicos que se movem à volta da China evidenciam a ambição histórica da transição política neste país.

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