As crescentes preocupações das populações com as consequências da
liberalização mundial do comércio bem presentes nas manifestações de
Seatle e no Fórum Social Mundial de Porto Alegre têm alguma repercussão
neste relatório que sublinha a necessidade de transparência na
preparação e na condução das negociações, um melhor controlo
parlamentar, o respeito dos princípios da precaução e do
desenvolvimento sustentável. No entanto, não é consequente nas suas
posições acabando a defender a continuação das liberalizações,
designadamente para o comércio de serviços, o que consideramos negativo.
Também
relativamente à agricultura, embora integre certas emendas da comissão
de agricultura, designadamente para assegurar a segurança alimentar e a
qualidade dos alimentos, não tem em conta outras importantes, como a
que apresentámos relativa à revisão do Acordo de Blair-House,
nomeadamente no sector das plantas proteaginosas, dada a crise da BSE e
a interdição das farinhas animais. E igualmente acaba a defender a
continuação da via da liberalização das trocas agrícolas, do que
discordamos.