Pergunta Oral de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Relações entre a UE e Israel

A UE decidiu, em Dezembro passado, «reafirmar a sua determinação no reforço do nível e da intensidade das suas relações bilaterais com Israel, no contexto da adopção de um novo instrumento que substituirá o actual Plano de Acção a partir de Abril de 2009». Nas dez «linhas directrizes» onde define o que pretende com o «reforço das estruturas de diálogo político com Israel» aponta-se: incrementar cimeiras bilaterais a todos os níveis; «abrir mais frequentemente a Israel o Comité Político e de Segurança da UE»; «facilitar a audição de peritos israelitas pelos grupos e comités do Conselho» da UE; «sistematizar e alargar as consultas estratégicas informais»; «encorajar o alinhamento de Israel com a Política Estrangeira e de Segurança Comum» da UE; «permitir a cooperação no terreno em matéria de Política Europeia de Segurança e Defesa» da UE; e «encorajar a inserção e implicação de Israel em instituições multilaterais», como a ONU. É esta decisão e processo que o embaixador de Israel junto da UE considera não estarem em causa, afirmando que «as posições de Israel e da UE são actualmente convergentes».

Face ao recrudescimento da cruel e injustificada agressão de Israel ao povo palestiniano na Faixa de Gaza, aos hediondos crimes perpetrados pelo exército israelita, ao mais completo desrespeito do direito internacional e dos direitos humanos por parte de Israel nos territórios ocupados palestinianos, porque não condena Israel e suspende os acordos com Israel e qualquer processo que vise o seu reforço?

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