Como anteriormente salientámos, são múltiplas as questões suscitadas
pelas negociações da adesão da Turquia à UE. Trata-se de um processo
promovido pelas grandes potências, apesar das suas contradições, tendo
como objectivos a integração deste grande país no "mercado único" da
UE, procurando controlar a sua economia, e utilizar a sua posição
geo-estratégica para os seus planos no Médio Oriente, Cáucaso e Ásia
Central.
Aliás a resolução é elucidativa quanto a esta questão ao salientar "a
importância da Turquia enquanto plataforma de trânsito para a
diversificação dos fornecimentos de gás à UE" e dos "projectos no
domínio da energia que envolvem a Turquia no Cáucaso Meridional", assim
como "a posição geo-estratégica da Turquia na região", cujo "papel em
matéria de transportes e de logística se irão tornar ainda mais
importantes nos próximos anos".
Entre outros importantes aspectos que devem ser sublinhados, será de salientar que:
- A Turquia não deu qualquer passo para o reconhecimento de Chipre - um
Estado-membro da UE -, continuando a ocupar militarmente o Norte desta
Ilha e a desrespeitar as Resoluções da ONU;
- E que persiste a repressão por parte das autoridades turcas contra o
povo curdo, continuando a ser negados os seus legítimos direitos
culturais, políticos, económicos e sociais.