Esta proposta para o apoio aos planos estratégicos não garante o pagamento no regime da pequena agricultura do máximo permitido pelos regulamentos e admite mesmo um corte nas explorações mais pequenas; não aplica um tecto máximo para as ajudas; não coloca no centro das decisões o desenvolvimento da Agricultura familiar; não procura intervir na valorização dos preços à produção; não cria um seguro público que assegure, de facto, os agricultores e as suas produções. Para além disto, os proclamados apoios verdes (Ecorregimes) vão chegar aos mesmos de sempre. É necessário assumir a defesa da pequena e média agricultura e da agricultura familiar como objectivo estratégico, tendo em vista um modelo de produção de qualidade e sustentável, capaz de assegurar a coesão social e territorial. A revisão da PAC passou ao lado de tudo isto. Confirmou, em aspectos essenciais, o caminho negativo seguido nas últimas décadas (desigualdade nos pagamentos, desligamento das ajudas da produção, etc.). Não serve a agricultura portuguesa e mereceu, por isso, firme rejeição.