Os objectivos desta directiva são louváveis. Contudo, e isto é evidente a cada dia que passa, o grande desígnio anunciado pela comissão em 2015, no auge dos escândalos fiscais e no auge da indignação da opinião pública, confronta-se com a realidade. Em nome do pragmatismo, ou seja, em nome a hipocrisia dos governos dos países que criaram as condições para isentar as grandes multinacionais do pagamento de impostos, temos hoje uma proposta da comissão minimalista que não corresponde minimamente às legítimas expectativas dos cidadãos.
Acompanhamos o relatório que exigiu que sejam adoptados os padrões máximos no quadro das propostas da OCDE e não o contrário. Não compreendemos a isenção do sistema financeiro. Os critérios da Comissão para aplicação do switch-over são ineficazes. Por outro lado, não compreendemos a coerência desta proposta com outras que estão prometidas como é o caso da consolidação comum da base tributável ou da lista dos paraísos fiscais. Ou seja, esta directiva parece-nos mais um instrumento de propaganda, destinado a dar a entender aos cidadãos que algo está a ser feito para parecer tudo na mesma