Tal como no relatório Ferreira sobre a outra componente deste "Two Pack", o relatório em apreço propõe também várias alterações no sentido de incluir a "necessidade dos Estados-Membros terem em conta o crescimento e emprego nas suas políticas e acções". Estas intenções não passam de letra morta quando inseridas na lógica das políticas em que se insere este "Two Pack" - a eternização das "políticas de austeridade" através do corte no investimento público, serviços públicos, corte nos salários e na protecção social, promoção das privatizações - que são precisamente o oposto do necessário crescimento do emprego e da economia. Por outro lado, o chamado "procedimento de supervisão reforçada" não é mais do que um golpe anti-democrático contra as instituições de soberania nacionais, e democraticamente eleitas, que deixam assim de poder decidir sobre instrumentos económicos tão importantes como a política orçamental.