Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Reforçar o Serviço Nacional de Saúde no combate ao cancro

Estamos perante um relatório muito completo na caracterização desta grave realidade e dos elementos que a luta contra o cancro configura na actualidade.

Tal como na actual situação pandémica, é imprescindível o papel que os serviços nacionais de saúde públicos desempenharam e continuam a desempenhar.

Não acompanhamos, por isso, o enquadramento, presente no texto, do desenvolvimento de uma dita União da Saúde, centralização de competências, ou um caminho privatizador da saúde.

Neste combate, exige-se o reforço dos serviços nacionais de saúde, públicos, gratuitos, de qualidade. Maior investimento, mais profissionais, mais e melhores equipamentos. A garantia do acesso a tratamentos e medicamentos, ao acompanhamento devido em todas as fases da doença e familiares, e a criação de uma rede publica de cuidados para esse fim. Exigem-se o reforço das políticas de prevenção e o papel das autoridades nacionais competentes.

Exige-se que, sem prejuízo de uma maior cooperação entre estados, cada país mantenha e desenvolva capacidades próprias na produção de medicamentos e dispositivos médicos, que permitam a necessária reposta aos doentes oncológicos, sem que fiquem a mercê das multinacionais ou dependentes de políticas supranacionais que restringem a diversidade e capacidade da resposta.

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