Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Reforçar a democracia europeia na futura UEM

Para a maioria do PE não existe outro caminho que não passe pelo aprofundamento da UEM. As diferenças - se em bom rigor as houver - são de ritmo e de procedimento institucional. Por aqui se comprova que direita e social-democracia estão fundamentalmente de acordo - como sempre estiveram em relação à UEM - na manutenção de um rumo de desastre para os povos dos países da UE.
O "reforço" da UEM será fonte de novas e mais agravadas expressões da crise, de mais desemprego e pobreza. É invocando a estabilidade do euro e da UEM e o seu futuro que as troikas nacional e estrangeira estão a impor o pacto de agressão, com gravíssimas consequências para o presente e o futuro do povo e do país. Reforçar a UEM e o euro implica acentuar a deriva autoritária e contra a soberania nacional na UE, negando direitos sociais, democráticos e nacionais.
O reforço dos poderes do PE não legitimará a UEM. Reforçá-los esteve e está associado ao, afastamento dos centros de decisão das camadas populares e à subalternização das instituições de soberania nacional. Mais PE nas decisões sobre a UEM e sobre a UE não se traduzirá numa maior democraticidade no seu funcionamento nem na tomada de decisões que defendam os trabalhadores e os povos.

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