Este relatório aborda um conjunto de questões importantes, mas não vai ao fundo dos problemas que, neste momento, estão a ser causados pelas políticas de austeridade, políticas anti-sociais que aumentam as desigualdades na área da saúde.
Por isso, não bastam palavras! É preciso pôr fim às políticas neoliberais e dar toda a prioridade à prevenção e à saúde pública, para garantir a efectiva igualdade de oportunidades no acesso aos cuidados de saúde.
É preciso acabar com o Pacto de Estabilidade para impedir que, em nome da necessidade de reduzir o défice orçamental, se aumentem as taxas de acesso aos serviços públicos de saúde, se aumentem medicamentos, mesmo para doenças crónicas, se eliminam apoios aos transportes de doente para tratamentos e consultas de saúde, mesmo em zonas onde não há transportes públicos.
Sabemos que o resultado destas políticas é o aumento das desigualdades na saúde, como acontece, neste momento, em Portugal. As pessoas de menores rendimentos têm cada vez mais dificuldades no acesso à saúde. Por isso, mais do que palavras bonitas, é necessário uma ruptura e uma mudança de políticas para dar prioridade ao cumprimento dos direitos humanos e à coesão económica e social.
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