Nos últimos anos diversos Estados-Membros pagaram um montante inferior ao estipulado para as suas contribuições para o orçamento da União ao passo que outros pagaram um montante superior. Estes desvios foram motivados pelas importantes alterações estatísticas comunicadas pelos Estados -Membros; Regra geral, os Estados-Membros pagaram no passado, sem atrasos significativos, o montante total das suas contribuições para o orçamento da União baseadas no RNB e no IVA, mesmo em tempos de crise e de forte pressão orçamental. Embora reconheçamos que os montantes dos ajustamentos dos recursos próprios baseados no IVA e no RNB referentes a 2014 são excecionalmente elevados, não podemos deixar de questionar as razões desta discrepância, tendo em conta os sofisticados mecanismos ao serviço das contabilidades nacionais, designadamente ao nível dos países onde esta questão se levanta. Neste sentido, temos dúvidas sobre esta alteração aos tratados motivada por uma discrepância estatística que deveria ter, esta sim, um tratamento próprio para evitar que situações destas se repitam.