Este relatório faz uma descrição bastante pormenorizada do roteiro de ingerência, militarização das relações internacionais, promoção da corrida aos armamentos, desrespeito pelo direito internacional e pela Carta da ONU que a maioria do PE defende ser o princípio da "Responsabilidade de Proteger" (R2P) das Nações Unidas. Querem uma maior militarização da UE, subordinada à NATO e procurando instrumentalizar a ONU para impor uma ordem económica mundial ainda mais exploradora, uma política mais agressiva e belicista, desrespeitadora do direito dos povos à soberania, à sua autodeterminação e à decisão sobre o sistema político, económico e social mais consentâneo com os seus direitos e aspirações. A maioria do PE defende a imposição de um princípio hipócrita que invoca a protecção dos direitos humanos para agredir, ocupar, saquear os recursos naturais, explorar os trabalhadores e os povos, assim demonstrando a falsidade de um sistema que, sob a capa de novos princípios, aplica velhas políticas neocoloniais. Para este objectivo concorrem propostas inaceitáveis como:
- a integração da R2P na chamada "ajuda ao desenvolvimento" dos países do Terceiro Mundo;
- a reforma do Conselho de Segurança da ONU tendo em vista a criação de um "assento único" da UE, a intervenção "sem o consentimento do Estado visado" e a limitação do direito de veto.