Com a Cooperação Estruturada Permanente (CEP), pretende-se que a UE venha a ser capaz de atuar autonomamente onde e quando assim o entenda e a NATO (e os EUA) não o entenda fazer enquanto tal.
Ora para isso tem de ter capacidade em áreas como sistemas de informação, recolha e análise de elementos para produção de informações, sistemas de comando e controlo e militares equipados, treinados e logisticamente sustentáveis.
A militarização da UE, como reação à emergência de riscos à sua segurança que só o são no campo das hipóteses e da ficção, é uma questão estruturante da sua caraterização, enquanto bloco militar, federalista e neoliberal. A UE não é uma organização de paz.
O aumento orçamental e a dinâmica de desenvolvimento da sua indústria militar e de estruturação de uma política de defesa, as políticas de vizinhança e de externalização de fronteiras visam a sua expansão e a afirmação em posições estratégicas, na relação com as outras potências imperialistas e no conflito com economias emergentes, como a Federação Russa e a República Popular da China.
As recomendações visam o aprofundamento da CEP. Representam um perigo para a paz mundial e para os princípios da solidariedade e cooperação entre os povos e opomo-nos a isso.