Numa recente visita à Palestina com outros parlamentares, pude constatar que o Governo de Israel, apesar das críticas e dos protestos, prossegue:
- a construção de colonatos na Cisjordânia, a ocupação militar, a destruição de infra-estruturas (várias construídas com financiamento comunitário), da agricultura, de habitações e outros equipamentos;
- os assassinatos selectivos, a constante violação dos mais elementares direitos do Povo palestiniano, praticando um autêntico terrorismo de estado;
- a construção de um inaceitável muro, sobre o qual o relator especial da ONU sobre os direitos do homem nos territórios ocupados palestinianos afirma que: "é tempo de condenar este muro como um acto ilegal de anexação, da mesma forma que a anexação por Israel de Jerusalém-Este e dos Montes Golã foi condenada".
Entretanto, aumenta a sua escalada de agressão militar e ataca a Síria, pela primeira vez, desde 1974.
Face a esta realidade não chega expressar "preocupação" e muito menos é aceitável, seguindo as posições dos EUA, colocar Israel e a Palestina com o mesmo nível de responsabilidades, confundindo agressor e agredido, ou avançar cinicamente com a exigência de que as autoridades palestinianas controlem os actos terroristas, ao mesmo tempo que Israel lhes destrói todos os meios.
Assim, tendo também em conta os sucessivos apelos das autoridades palestinianas, pergunto à Comissão:
- Que iniciativas prevê desenvolver para que sejam aplicadas as sucessivas resoluções da ONU quanto ao Médio Oriente?
- Não considera que há muito se justifica a suspensão do "Acordo de Associação Euro-mediterrânico entre a UE e Israel", como solicitado na Resolução do PE sobre a "Situação no Médio Oriente", de 10 de Abril de 2002?