&quot;O pilim&quot;<br />Ruben de Carvalho no &quot;Diário de Notícias&quot;

O CDS/PP tem feito o que pode.

Partindo do sugestivo princípio de que uma afirmação duvidosa ganha credibilidade se for reiterada em conferência de imprensa, ei-lo a repetir que na contabilidade do Caldas jazem, esclarecedoras, as facturas do hotel bracarense de Paulo Portas aquando do congresso partidário que lhe abriu as portas.

Como se sabe, parece que existem facturas em tudo idênticas na contabilidade da Dinensino, o que significa que a Moderna terá pago a logística do vitorioso fossar partidário de Portas, em 1998.

Nobre Guedes vem dizer que não: foi o partido que pagou tudo.

Mas isto implica uma pergunta: a que propósito pagou o CDS/PP em 1998 mais de 700 contos por três dias de hotel a um militante que, na altura, era um delegado ao congresso como todos os outros?

O CDS/PP paga tais mordomias a todos os delegados às suas iniciativas partidárias?

Assim sendo, percebe-se que tenha votado a legislação alcunhada de «reforma do sistema» e que implica o aumento de 60 por cento do subsídio estatal aos partidos. A gastar assim, é preciso muito dinheirinho.

De resto, o mesmo se deve passar com o PS. Que só não votou aquela lei que também fez, zangado, porque o pilim não vem já.