Andam este fim-de-semana os 1000 caracteres em maré de traduções...
A participação na construção do arco de La Défense, em Paris, de empresas propriedade de portugueses radicados em França foi bastante falada na imprensa nacional há alguns anos, divulgando-se numa das reportagens então realizadas - salvo erro no Expresso - uma sugestiva máxima dos meios de negócios gauleses: «Quand le bâtiment va - tout va.» Ou seja, qualquer coisa como «quando a construção civil anda, tudo anda».
Aos economistas pronunciarem-se sobre a exactidão da sentença, mas, a crer pelos lobbies domésticos, é de supor que os interessados em Portugal não rejeitarão liminarmente o conceito.
Contudo, por cá, parece que as coisas - não vão: a associação dos industriais nortenhos anuncia que a quebra nos investimentos de obras públicas em 2004 será superior a 20 por cento.
Mas, entretanto - vão-se: esta semana foi anunciado (e tão larga quanto criticamente comentado) que a família Vaz Guedes, proprietária da segunda maior empresa portuguesa do ramo, a Somague, a passou a patacos com chorudos lucros, vendendo-o a um concorrente espanhol.
Possivelmente, dever-se-á então passar a traduzir que quando a construção civil se vai - tudo se vai...