A luminária ministerial Morais Sarmento resolveu, desta feita, teorizar sobre um novo conceito político: o «prazo de validade».
Não consta que, à data da sua entrada na política, os protagonistas de tal actividade sejam meticulosamente analisados por uma qualquer entidade devidamente credenciada que definiria e aporia o «prazo de validade» em qualquer parte da sua corpórea embalagem.
Somos assim forçados a concluir que, no país barrosal, o Sr. ministro foi, sozinho, encarregue dessa ingente tarefa, sentenciando sobre a aplicação do delicado conceito a diversas figuras.
Infelizmente, aplicação mais generalizada parece difícil, uma vez que, divulgando embora conclusões da sua aplicação, o Sr. ministro se esqueceu de nos proporcionar a metodologia e critérios para o novo padrão de juízo cívico.
Entretanto, esta invasão sanitária na esfera da coisa pública legitima que se adopte um outro qualificativo.
Aliás, de grande utilidade e aplicação bem mais simples, uma vez que, através de qualquer dos cinco sentidos, é de imediato reconhecimento pelo consumidor.
Não é, na verdade, inquestionável a existência de ministros que, independentemente do «prazo de validade», estão impróprios para consumo?