A semana despertou com a notícia da casa-mãe da Grundig ter requerido, na Alemanha, um processo de insolvência. Os trabalhadores e responsáveis da Grundig/Braga não foram apanhados desprevenidos, sabiam ser essa uma possibilidade, conforme resultava claro de uma intervenção que Ilda Figueiredo já fizera na Comissão Europeia. Aliás, o que mais ressalta desta resposta é que os alemães apoiam financeiramente a Grundig-mãe. Por cá, o Governo português recusa-se a fazê-lo com o pretexto de ser proibido pelas "autoridades comunitárias"... Desculpas de mau pagador que confirmam certas opções, as mesmas que levaram à recusa de um projecto do PCP que condicionava a deslocalização e garantia o cumprimento de contratos entre grupos multinacionais e o Governo. Percebe-se, é a continuação do "fartar vilanagem"... Quanto à Grundig, ninguém sabe o que está a fazer o Governo, apesar da situação de uma empresa que, apesar de gestão autónoma, é participada a 100% pela Grundig-mãe.Anunciámos em Braga - onde estavam os jornais de referência? - que vamos requerer a presença do ministro da Economia no Parlamento para dizer como é que o Governo estava (está?) a seguir a situação e que medidas tinha (ou ia) tomar. Exigem-se sinais políticos fortes para defender a empresa e os 700 postos de trabalho e, por isso, iremos também propor a organização de uma visita parlamentar à empresa, procurando formas de ouvir as preocupações da empresa.Todas estas iniciativas contarão com o apoio de todos partidos, incluindo dos deputados do PSD que fizeram uma romagem ao Governo Civil para se inteirarem da situação da Grundig...