Esta proposta, que altera a Directiva relativa à qualidade da água destinada ao consumo humano, é da maior gravidade.
Ela aumenta significativamente os custos directos do abastecimento de água, a imputar aos utentes, empolando igualmente os encargos públicos indirectos para fiscalização e controlo, sem que isso se reflicta num aumento da segurança, pelo contrário.
Põe entraves à prestação do serviço público. Favorece a privatização.
Inviabiliza soluções locais de abastecimento económicas que podem ser seguras e viáveis.
Passa à margem de recomendações de entidades como a Organização Mundial de Saúde.
Põe em causa funções do Estado, de supervisão, fiscalização e controlo, substituídas por um alegado “autocontrolo” das empresas concessionárias de serviços de água.
É complacente com os concessionários não cumpridores.
Esta proposta significa água mais cara, mais insegura e de pior qualidade.
Só a indisfarçável subordinação da Comissão Europeia aos interesses das grandes transnacionais da água a pode explicar.