Este relatório apresenta preocupações legítimas e atuais e reflete sobre as implicações éticas da Inteligência Artificial(IA). Contribui, de forma justa, para a procura de alguns princípios éticos que devem nortear o desenvolvimento e criação de tecnologias de IA, como o respeito pela dignidade da pessoa humana e pelos direitos fundamentais, a colocação do ser humano no centro e como razão de ser da IA, a igualdade e não discriminação, a justiça.
Revela igualmente preocupações, apesar de tímidas, com os impactos sociais e laborais da IA. Contudo, legitima a política militarista da UE e a utilização de IA no setor da segurança e da defesa e apela a um investimento na IA europeia para a defesa e as infraestruturas que a sustentam.
Este relatório poderia e deveria ter ido mais longe na defesa de que os avanços tecnológicos, nomeadamente no âmbito da IA, devem ser postos ao serviço do desenvolvimento e progresso dos Estados; de que a IA deve servir os trabalhadores e contribuir de forma decisiva para a melhoria das condições de trabalho, em especial para redução dos horários de trabalho sem perda de remuneração: de que o desenvolvimento da ciência e tecnologia não pode ser instrumento para a liquidação de postos de trabalho. Votámos contra.