Este relatório tem variados aspectos positivos. Por exemplo, refere os efeitos nocivos na saúde e segurança no trabalho do emprego precário ou que o emprego precário exclui trabalhadores do acesso à formação e aos serviços de saúde e segurança no trabalho, estando também associado ao stress mental. Tudo isto seria ainda mais positivo se a EU agisse sempre com coerência e em conformidade com os princípios evocados no Quadro Estratégico. Por exemplo, era importante entender que tipo de trabalho financia a EU no quadro do Programa Garantia Jovem, quando hoje se sabe que grande parte dos empregos abrangidos por este tipo de programas constituem formas de exploração laboral dos jovens. Por exemplo, seria importante perceber se a UE não financia com fundos estruturais e de coesão empresas que violam os direitos dos trabalhadores, nomeadamente ao nível das regras de segurança e saúde no trabalho. Temos conhecimento de muitas empresas que não respeitam as normas do horário de trabalho, mas que já receberam financiamento da UE. Haverá coerência nesta atitude?