O objetivo desta nova proposta legislativa é, supostamente, certificar as remoções de carbono na UE e incentivar a inovação em tecnologias e práticas de remoção de carbono, a fim de garantir remoções de alta qualidade. Este acordo criará um sistema de certificação que sobrestimará a contribuição de muitas actividades e, por conseguinte, não terá o mesmo impacto no mundo real que no papel. Além disso, abre a porta à utilização dos certificados CRCF (“remoção de carbono e cultura de carbono”) para fins de compensação (e de "greenwashing"). A utilização dos certificados não foi adequadamente abordada, o que significa que os certificados correm o risco de fazer parte de mecanismos de compensação para os grandes poluidores. Há também um grande problema com a integridade climática dos certificados, que agora incluem o "armazenamento" apenas temporário de CO2 em produtos (com um tempo de vida de apenas 35 anos) e também a cultura de carbono - o que irá exacerbar o potencial benefício climático no papel, embora não faça qualquer diferença no mundo real.