As florestas e demais zonas arborizadas abrangem mais de 42% da superfície da UE, representando um meio de subsistência para milhões de trabalhadores. A conservação do património florestal representa um contributo importante para o bem-estar das populações e a criação de emprego nas zonas rurais, devendo ser indissociável da prevenção de incêndios florestais, catástrofe que dizima extensas áreas de floresta anualmente, no sul da Europa e nomeadamente em Portugal. Seria importante dar seguimento às recomendações sobre a prevenção de catástrofes naturais aqui recentemente aprovadas.
O relatório faz uma abordagem abrangente da problemática florestal, focando alguns aspectos que nos parecem importantes. Mas importa passar do papel à prática, em especial no que respeita à mobilização recursos financeiros suficientes, através de programas e medidas de apoio comunitárias, que permitam uma monitorização do estado ecológico e fitossanitário das florestas e, sempre que necessário, a sua requalificação, incluindo acções de reflorestação. Imprescindível é também dotar a Rede Natura 2000 - tendo em conta que muitas áreas florestais estão nela incluídas - de meios financeiros adequados à sua gestão e à efectiva prossecução dos seus objectivos.
Importa também reconhecer a diversidade de ecossistemas florestais que ocorrem na Europa e valorizar a multifuncionalidade de muitos deles - como é o caso, por exemplo, do montado mediterrânico.