Propostas de reforma do sector vitivinícola da UE

 

Propostas de reforma do sector vitivinícola da UE - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE

As propostas de reforma do sector vitivinícola que a Senhora Comissária
acaba de apresentar suscitam-nos muitas preocupações, tendo em conta a
importância da cultura da vinha e as tradições das práticas enológicas
que fazem dos vinhos da Europa os melhores do mundo, como refere no seu
texto de divulgação, sendo certo que Portugal oferece uma enorme
variedade de vinhos de grande qualidade que é preciso salvaguardar.

Por isso, apesar de alguns recuos relativamente às suas posições do ano
passado, mantém linhas de intervenção e propostas muito negativas,
designadamente: pôr fim aos apoios a qualquer tipo de destilação,
incluindo a destilação de álcool de boca; introduzir a vinha no sistema
de pagamento único; apoiar o arranque voluntário de 200 mil ha de
vinha; pôr fim aos direitos de plantação a partir de 2013.

Assim, além das propostas alternativas que vamos fazer durante o debate
parlamentar que se segue, desde já alertamos para as consequências de
tais propostas, seja quanto à ameaça que paira sobre os pequenos e
médios vitivinicultores portugueses, seja para as Adegas Cooperativas e
seus associados, seja para a defesa da qualidade e diversidade de
castas e das denominações de origem e geográficas que temos, seja para
o próprio vinho do Porto. É também preocupante que se fale de um
envelope financeiro a transferir para os diferentes Países, mas não se
conheçam os critérios da sua formação e da sua utilização.

Vamos, pois, intervir com propostas, ouvindo os vitivinicultores
portugueses e as suas organizações, insistindo nas alterações que é
preciso fazer a esta reforma do sector vitivinícola da União Europeia,
para defender a cultura da vinha  e os nossos vitivinicultores.

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