A clara falta de vontade política da maioria do Parlamento Europeu em aprofundar a directiva actual e melhorar os direitos e o papel do Conselho de Empresa Europeu ficou mais uma vez patente na votação em plenário. Todas as propostas do nosso Grupo foram rejeitadas.
Até a proposta que previa uma revisão profunda e completa da presente directiva a iniciar, o mais tardar, cinco anos após a data de entrada em vigor das pequenas alterações agora introduzidas. Apenas aceitaram que seja apresentado pela Comissão um relatório de aplicação das disposições da presente directiva. E, então, depois se verá. Já sabemos que dependerá da evolução da luta de classes o reforço dos direitos dos trabalhadores.
Ao contrário de outros momentos, em que o Parlamento Europeu já aceitou em deliberações não vinculativas o princípio do direito de veto dos representantes dos trabalhadores, como no meu relatório sobre o papel das mulheres na indústria, agora, recusou a sua inclusão na directiva sobre conselho europeu de empresa. O que é lamentável. Daí o nosso voto de abstenção final.