No debate de hoje sobre estratégia industrial, queremos uma vez mais lembrar como, em países como Portugal, assistimos há décadas à destruição do aparelho produtivo e à acentuação do despovoamento e da desertificação de vastas zonas do país, sacrificando as bases indispensáveis a um verdadeiro processo de desenvolvimento económico e social.
Situação que reflete o impacto profundamente assimétrico de políticas comuns e neoliberais da União Europeia nos Estados e confirma a necessidade de recuperação da soberania nacional em domínios como a indústria, a agricultura, as pescas ou o comércio, mas também a energia.
Insistir na lógica da competitividade e do mercado único não vai alterar os resultados, continuando a prejudicar países como Portugal.
A estratégia que defendemos é que se promova a produção nacional e o aproveitamento das potencialidades do país; que se combata a dependência externa e afirme uma via soberana de desenvolvimento; que se apoie as MPME; que se crie emprego com direitos, dignificando os trabalhadores; que se valorize salários e vínculos estáveis, impedindo que os trabalhadores sejam forçados a emigrar.