Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Promoção do acesso dos jovens ao mercado de trabalho e o reforço do estatuto de formando, estagiário e aprendiz

É certo que este relatório dá visibilidade ao grave problema do desemprego juvenil, que actualmente está a uma taxa dupla do desemprego em geral, mas não adianta medidas de fundo que, de facto, resolvam a situação, o que exigiria uma ruptura com as políticas actuais do Pacto de Estabilidade e outras políticas monetaristas, liberais e anti-sociais que estão em vigor.

Embora dando ênfase ao combate ao desemprego juvenil, à promoção de formação e emprego para os jovens e à necessidade de se acabar com os abusos relacionados com os estágios e formações, muitas vezes não remuneradas, transformados numa substituição do posto de trabalho em vez de um complemento da educação e formação, o relatório não aponta caminhos seguros para sair desta situação.

Mas, mais preocupante ainda é a defesa do conceito de flexigurança como uma forma de acabar com o desemprego juvenil e uma forma de transição do sistema educativo para o mercado de trabalho. Ora, o que a realidade nos demonstra é que isso está a significar a precariedade de um trabalho mal pago e inseguro que impede qualquer projecto de vida dos jovens. Daí a nossa abstenção.

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