O Grupo Parlamentar do PCP já em Junho questionou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sobre a extinção da Sociedade Metro Mondego. Contudo a resposta enviada não foi clara e objectiva.
Também em Junho deste ano o PCP questionou os responsáveis da Sociedade Metro Mondego sobre a eventual suspensão do projecto, sem que da parte desta houvesse uma resposta satisfatória.
As opções erradas de associar um projecto deste tipo ao transporte ferroviário regional levou ao encerramento do Ramal da Lousã com a retirada dos carris do Ramal da Lousã sem que estivesse garantida alternativa ferroviária. A insistência por parte do Governo na não reposição dos carris e na não electrificação da Linha penalizará as populações dos concelhos de Miranda do Corvo, de Lousã e de algumas freguesias do concelho de Coimbra. Esta Linha registava mais de um milhão de viagens por ano servindo uma região com mais de 50 mil habitantes.
A não reposição dos carris e a não electrificação condicionará o desenvolvimento da região e a qualidade de vida das populações e significará a destruição uma linha centenária.
Acresce a estes problemas o facto da Sociedade Metro Mondego ter assumido a responsabilidade de um conjunto de obras na cidade de Coimbra com grande impacto urbanístico. A sua extinção deixa dúvidas sobre o destino do seu património, ao mesmo tempo que cria uma grande incerteza sobre o futuro desses projectos.
Assim, ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea d), do n.º 1 do artigo 4º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, os seguintes esclarecimentos:
1. Qual o destino previsto para o património da Sociedade Metro Mondego, inclusive os bens imobiliários resultantes das expropriações na Baixa de Coimbra?
2. Qual o futuro dos projectos e obras em execução na cidade de Coimbra?
3. Pretende o Governo repor os carris e electrificar a Linha da Lousã?