A introdução de uma linha dentro do orçamento da UE sobre o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização com a desculpa de "poder reagir mais rapidamente face a novos casos" é um passo mais para formalizar um instrumento que, como desde sempre denunciámos, não é a resposta necessária aos problemas de reestruturações de empresas. Ademais, os seus critérios de financiamento são profundamente injustos. O que alguns querem, nomeadamente a social-democracia, é eternizar este fundo e utilizá-lo como amortecedor (e como arma de manipulação política e ideológica) das políticas de ataque aos direitos sociais e laborais da UE. Não querem ir ao fundo do problema, apenas atenuando os efeitos de algum desemprego.
Abstivemo-nos em várias alterações propostas pela Comissão dos Orçamentos, nomeadamente em relação à distribuição de leite nas escolas, apenas porque preferíamos as alterações seguintes que aumentavam ainda mais os valores disponíveis nessas rubricas que julgamos de grande importância.
Em relação ao financiamento de algumas áreas da cooperação para o desenvolvimento, apoiámos as respectivas rubricas, não sem reservas relativamente à natureza e eficácia da acção de algumas das ONG apoiadas. Por vezes, o sistema parece funcionar para si mesmo, não se reflectindo o apoio financeiro em acções práticas que ajudem a melhorar a vida das populações destes países.