Foi ontem aprovado, no comité de conciliação entre o Parlamento Europeu (PE) e o Conselho, o "Programa
Comunitário de Acção de incentivo à cooperação entre os Estados-membros
em matéria de luta contra a exclusão social" de que é relatora pelo
PE a deputada do PCP Ilda Figueiredo, "tendo-se obtido alguns ganhos,
quer relativamente à proposta inicial da Comissão Europeia de Junho de
2000, quer relativamente às sucessivas posições do Conselho".
No
entanto este programa "ficou aquém das propostas defendidas pela
relatora e apoiadas pelo PE, designadamente em matéria orçamental, dada
a posição intransigente de alguns Estados-membros".
Assim, a deputada Ilda Figueiredo considera positivos os seguintes ganhos :
-
A consagração da definição de indicadores quantitativos e qualitativos
e da utilização de indicadores comparáveis para acompanhar a evolução
da situação, designadamente no contexto dos planos de acção nacionais
de luta contra a pobreza. -
Retoma da defesa do objectivo da obtenção da coesão económica e social para o qual o programa deve contribuir.
-
Referência
à carta Social revista do conselho da Europa (1996), designadamente ao
seu artigo 30º sobre o direito à protecção contra a pobreza e a exclusão -
A introdução do principio da realização de abordagens inovadoras no
âmbito da luta contra a pobreza e exclusão social. -
O
aumento para 75 milhões de euros do financiamento do Programa e o
aumento do financiamento das ONG's para 90% em casos excepcionais. -
A
consagração da participação das ONG's, PE, Comité Económico e Social e
Comité das Regiões na preparação da mesa redonda anual sobre exclusão
social. -
O
reconhecimento do direito do PE se exprimir em tempo útil sobre o
Relatório Anual de síntese que a Comissão envia ao Conselho Europeu da
Primavera, onde presta contas sobre a coerência global das políticas
com a coesão social, incluindo os progressos realizados no âmbito deste
programa.