A União Europeia tem afirmado, nomeadamente através de comunicações feitas pela Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, dar todo o seu apoio às negociações de paz em curso entre o Governo Colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP), as quais têm como objectivo acabar com um conflito que dura há mais de cinco décadas, causando um imenso sofrimento aos colombianos.
No final de um novo ciclo das conversações de paz, ambas as partes declaram-se optimistas quanto a um acordo sobre a questão agrária. FARC-EP e representantes do governo manifestaram satisfação para com o curso do processo e confiança quanto à possibilidade de se alcançar um entendimento em matérias como a reforma e a democratização da terra, o desenvolvimento social, o estímulo à produção agro-pecuária e à economia solidária e cooperativa, segundo o comunicado conjunto emitido a semana passada.
Uma sondagem recente efectuada indica que cerca de dois terços dos colombianos defendem que o diálogo entre FARC-EP e governo deve prolongar-se até que seja alcançado o fim do conflito armado.
Notícias vindas a público dão também conta do possível início, ainda este mês, de conversações entre o Governo Colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN).

Assim, perguntamos ao Conselho:
1. Considera a possibilidade de anular a posição assimétrica da UE relativamente ao conflito na Colômbia, retirando os grupos insurgentes (FARC-EP e ELN) da lista de "grupos terroristas" da UE?
2. Não considera que a retirada das FARC-EP e do ELN da lista de "grupos terroristas" da UE se revestiria de uma grande importância para apoiar um sério, franco e amplo processo de paz e para que o mesmo seja estável e duradouro - condição imprescindível para a justiça social na Colômbia?