Intervenção de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Processo catch-the-eye

O BCE constitui hoje a entidade mais poderosa da União Europeia. Resulta de um enorme embuste a partir do qual se procurou criar uma instituição neutra, com uma missão meramente técnica a apolítica.
Conhecemos a profundidade deste embuste e habituámo-nos a ver ao longos dos anos, o BCE a impor as suas políticas aos governos eleitos democraticamente. Habituámo-nos a conviver com esta promiscuidade entre a BCE e os grandes grupos financeiros internacionais, e designadamente com esta entidade omnipresente com o nome de Goldman Sach com um sinistro percurso onde se cruzam muitos dos actuais decisões do BCE entre os quais o seu presidente.
O que ficamos a saber nestas últimas semanas é que o BCE e os membros da sua comissão executiva reúnem regularmente com representantes de grandes empresas do sector financeiros, mesmo nas vésperas de serem anunciados as grandes decisões de política monetária. Que informações são trocadas nestas reuniões? Porque não são respeitadas as regras de confidencialidade por parte dos decisores do BCE? Ainda estamos à espera de respostas por parte do BCE.

  • União Europeia
  • Intervenções
  • Parlamento Europeu