Chegou ao Grupo Parlamentar do PCP a denuncia que em Barcelos os pensionistas que se deslocaram à estação dos CTT para receber a reforma foram informados que por falta de dinheiro em caixa não poderiam naquele momento providenciar o pagamento, tendo-lhes sido comunicado para voltar mais tarde. Situação semelhante ocorreu no posto de CTT existente na freguesia de Arcozelo, também aqui os reformados foram “convidados” a regressar mais tarde para receber a sua reforma.
As situações ocorridas no concelho de Barcelos juntam-se a tantos outros relatos que têm chegado ao Grupo Parlamentar do PCP e que dão conta que há correio que não é distribuído diariamente, da acumulação de correspondência que chega por atacado com um atraso de uma semana ou mais, do tempo de espera interminável que tantas vezes se enfrenta nas estações de correios.
Para o PCP este é o resultado do encerramento de Estações dos Correios, e da passagem do seu serviço para mercearias, retrosarias e, ou tabernas, ao que agora se junta a privatização e entrega desta empresa estratégica aos grupos privados.
Como o PCP alertou a entrega dos CTT e do serviço postal aos privados ia deteriorar o serviço e prejudicar severamente as populações, os recentes acontecimentos ocorridos no concelho de Barcelos bem o confirmam.
Assim, ao abrigo das disposições legais e regimentais em vigor, solicito ao Governo, através do Ministro da Economia, que me preste os seguintes esclarecimentos:
1. O Governo tem conhecimento das situações acima relatadas?
2. Qual avaliação que o Governo faz destas situações?
3. Que medidas tomará o Governo tendentes a fazer cumprir as obrigações da empresa CTT dos pagamentos das reformas e pensões?