Diversas organizações sociais de vários países dirigiram à Comissão Europeia uma carta na qual denunciam e criticam as pressões que esta vem fazendo sobre países como Portugal e a Grécia para que estes privatizem os seus serviços de água.
A resposta da Comissão é inacreditável. Em toda a sua crueza ela é reveladora da verdadeira face de quem comanda os destinos da UE.
Mesmo conhecendo a tragédia que foi a experiência da privatização da água em numerosos países, ao nível da explosão dos custos, degradação dos serviços, exclusão e desigualdade na fruição deste direito humano fundamental - o direito à água, a Comissão defende abertamente as privatizações, deste e de outros serviços públicos. Assim contrariando a suposta neutralidade que os Tratados prevêem a este respeito. E assumindo, à descarada, o roubo a que estes países e os seus povos estão a ser sujeitos.
Ficam os povos da Europa, mais uma vez, a saber com o que podem contar desta UE: o sacrifício de direitos de todos em prol do negócio de alguns, poucos.
Terão a resposta que merecem!