O aumento de resistências antimicrobianas e o uso generalizado de antibióticos são reconhecidos problemas de saúde pública que exigem acção e decisão política.
Importa rejeitar a instrumentalização desta questão por aqueles, como as multinacionais farmacêuticas, privilegiam o lucro sobre o direito à saúde.
Como rejeitar abordagens de responsabilização do indivíduo, que mascaram o impacto da opção política da falta de investimento nos serviços públicos de saúde no agravamento desta situação, dificultando quer a prevenção quer a adequada gestão da resistência antimicrobiana.
Importa intervir também na alteração dos modos de produção agro-pecuária, combatendo a produção intensiva que empregam elevadas cargas de antibióticos, ou práticas genómicas na produção de sementes geneticamente modificadas, cujos marcadores contribuem para a resistência antimicrobiana
Um verdadeiro combate a este problema exige mudanças políticas que promovam o investimento em serviços de saúde públicos de qualidade, promovendo uma maior prudência e vigilância, e mais investigação pública neste domínio para o desenvolvimento de novas alternativas e de novos agentes antimicrobianos.