Tendo em conta a recente demissão da administração do "Novo Banco" e as declarações também recentes, citadas na imprensa portuguesa, de uma "fonte oficial da Comissão Europeia", sobre a venda do "Novo Banco" e sobre o facto de que, alegadamente, "os activos não precisam de ser vendidos em bloco a uma entidade", podendo ser tomada a opção de vender "em separado a várias entidades", a par da preocupação expressa de que "quanto mais rápido a venda acontecer" melhor, solicito à Comissão Europeia que me informe exactamente sobre que compromissos foram assumidos pelas autoridades portuguesas quanto ao futuro do "Novo Banco", no âmbito da decisão de Agosto último sobre o caso Banco Espírito Santo.
Tendo em conta que estamos perante um banco capitalizado com fundos públicos e com implicações diversas na economia nacional, pergunto à Comissão como justifica as pressões para uma venda rápida, às fatias ou por inteiro, assim manifestando uma deliberada intenção de dar sinais aos grandes especuladores que acorrem aos países em crise para comprar empresas por valores muito baixos, redimensionando-as, extinguindo postos de trabalho e, depois, especulando com a venda dessas empresas, obtendo chorudos lucros (como ainda recentemente ouvimos da boca de um dos responsáveis do Fundo de Investimento Apollo)?